Apneia do sono X obesidade
A apneia do sono, os barulhentos roncos, tem uma estreita relação com a obesidade. Assim como a apresenta risco de desenvolver diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, dislipidemia, e outras doenças crônicas, a pessoa obesa também é propensa a desenvolver a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). A SAOS é uma doença crônica, progressiva, incapacitante, com alta mortalidade e morbidade cardiovascular.
Os sintomas noturnos incluem roncos, pausas respiratórias, sono agitado com múltiplos despertares, noctúria (ato de urinar à noite) e sudorese. Os sintomas diurnos são principalmente sonolência excessiva, cefaleia matinal, déficits neurocognitivos, alterações de personalidade, redução da libido, sintomas depressivos e ansiedade. Uma recente pesquisa realizada pelo Instituto do Sono de São Paulo constatou que aproximadamente 33% dos brasileiros sofrem da apneia do sono.
Pessoas obesas apresentam um aumento de risco significativo em apresentar a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono. No caso de pacientes com obesidade, a incidência é de cerca de 30 vezes maior que em pessoas não obesas. No entanto, a redução do peso corporal tem se mostrado eficiente para o controle do problema.
A apneia do sono é uma das doenças que compõem o rol de comorbidades (doenças associadas à obesidade) definidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para realização da cirurgia bariátrica.